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domingo, 21 de agosto de 2011

Gimnospermas


AS GIMNOSPERMAS

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Pinha - Exemplo de Gimnospermas.
1.CARACTERÍSTICAS

As gimnospermas são distribuídas em 4 filos sendo as Coniferophyta (coníferas), Cycadophyta (cicas), Gnetophyta (gnetófitas) e Ginkgophyta (gincófitas). São plantas muito encontradas nas regiões temperadas. Este grupo também possui algumas características denominadas evolutivas, ou seja, são características que surgem pela primeira vez. Dentre estas características podemos destacar, principalmente, o surgimento de duas estruturas que contribuíram e muito para o expansionismo destes vegetais: a semente e o grão de pólen.

São plantas que conquistaram em definitivo o meio terrestre, tornando-se totalmente independentes da água para a sua reprodução. Sua própria estrutura corporal difere e muito das pteridófitas e briófitas. A seguir, vamos estudar como se dá a formação destas duas novas estruturas acima citadas e, consequentemente, como se dá o processo de reprodução.

2.REPRODUÇÃO

Assim como nos demais grupos de vegetais, a reprodução pode ser assexuada ou sexuada. A reprodução assexuada mais conhecida é a estaquia, que é a reprodução por meio de estacas, ramos caulinares cortados, contendo gemas. Neste caso, a extremidade cortada da estaca deve ser enterrada no solo e a gema apical deve ser removida.

Na reprodução sexuada, a estrutura responsável pela formação de esporos é denominada de estróbilo. Aqui, assim como acontece nas pteridófitas heterosporadas, os esporos possuem tamanhos diferentes, sendo o esporo feminino maior que o masculino, devido ao acúmulo de substâncias nutritivas. O estróbilo é formado por esporófitos.

O estróbilo feminino é chamado de megastróbilo (pinha), sendo que em cada megastróbilo, há os megasporângios que formam, por meiose, os megásporos. Por outro lado, o estróbilo masculino é chamado de microstróbilo e, em cada microstróbilo há os microsporângios, que por meiose, formam os micrósporos. Os estróbilos masculinos e femininos serão responsáveis pela formação, respectivamente, do grão de pólen e da semente. Vamos agora estudar como ocorre a formação destas duas estruturas.

O micrósporo inicia a formação do grão de pólen através de sucessivas divisões mitóticas, originando quatro células: 1 Célula generativa; 1 Célula do tubo; 2 Células protaliais. Ao conjunto destas quatro células damos o nome de grão de pólen. Ou seja, o grão de pólen é formado pela parte masculina da planta.
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Figura 1.Formação do Grão de Pólen.

A formação da semente ocorre da seguinte maneira: no interior do megasporângio há a formação da chamada célula mãe do megásporo. Esta célula se divide por meiose formando quatro células, onde apenas uma sobrevive transformando-se no megásporo funcional (n). O megásporo sofre sucessivas mitoses e origina um conjunto de células haplóides, o megaprótalo, que é o gametófito feminino. Células do megaprótalo formam os arquegônios, onde se diferencia a oosfera, o gameta feminino. O megasporângio e o gametófito feminino constituem o óvulo. O desenvolvimento do óvulo leva à formação da chamada semente.
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Figura 2.A Formação da Semente.

Uma vez estudada como ocorre a formação do grão de pólen e da semente, vamos passar para a segunda etapa da reprodução: a polinização e a fecundação. Polinização é o processo de transporte do grão de pólen, que pode ser feito pelo vento, homem ou animais. Somente após esta etapa de polinização, é que se inicia o desenvolvimento do esporo feminino para originar o gametófito feminino (megaprótalo).

A fecundação pode ser descrita da seguinte forma: uma vez formado o grão de pólen, este inicia a sua germinação, formando a célula do tubo que dará origem ao tubo polínico. O tubo polínico terá a função de crescer em direção a um dos arquegônios. A célula generativa sofre uma divisão por mitose, formando duas células espermáticas: os gametas masculinos. Simultaneamente a este processo, o megasporângio inicia a formação da semente. Sobre o megasporângio há um tecido envoltório, o tegumento, no qual há um orifício a micrópila, por onde os grãos de pólen penetrarão.

Com a polinização, os gametas masculinos penetram no tubo polínico, onde um irá fecundar a oosfera e o outro se degenerará. Com a fecundação, há a formação do zigoto diplóide. Geralmente as oosferas de todos os arquegônios são fecundadas, cada uma delas por núcleos espermáticos de grãos de pólen diferentes, mas apenas um deles se desenvolve. O embrião permanece no interior do gametófito feminino, que passa a acumular reserva nutritiva que é o endosperma primário. O tegumento do óvulo forma uma “pele” e envolve a semente. Essa estrutura é o pinhão. A semente permanece presa aos estróbilos até amadurecer, quando então cai ao solo. Com condições adequadas, inicia-se a germinação e o embrião dá origem ao esporófito reiniciando o ciclo.
Figura 3.Ciclo de Vida de uma Gimnosperma

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