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MORFOLOGIA VEGETAL
RAÍZ, CAULE ,FOLHA, FLOR E FRUTO
Formação das raízes
Nas
pteridófitas sua formação é durante o esporófito;
Nas embriófitas sua formação é durante o embrião;
O precursor da raiz no embrião, a radícula, é o primeiro órgão a se desenvolver no ato da germinação da semente;
Nas dicotiledôneas e Gimnospermas, a radicula desenvolve-se e torna-se a raiz principal da qual deriva-se o sistema radicular;
Há também raízes adventíceas que tem sua origem no caule ou das folhas.
Tipos de raízes
dois grandes tipos, subterrâneas e aéreas, e dez sub-tipos, 3 subterrâneas e 7 aéreas:

Subterrâneas ou terrestres

Raiz axial
São caracterizadas pelas dicotiledôneas. São formadas por uma única raiz primária e várias ramificações. Exemplo: feijão e os abacateiros.
Raiz Fasciculada
São caracterizadas pelas monocotiledôneas, são dotadas de raízes que saem do mesmo ponto, ficando embaraçadas.
Exemplo: milho.
Raiz Tuberosa
A principal função das raízes tuberosas é o acúmulo de reservas da planta.
Exemplos: beterraba, batata-doce.

Ela pode ser classificada em:
Axial-tuberosa: reservas acumuladas no eixo principal. Exemplo: cenoura.
Fasiculado-tuberosa: reservas acumuladas nas raízes secundárias. Exemplo: mandioca.
Raízes Aéreas
Raízes Adventícias
São as raízes que se originam a partir do caule e vão até o solo, servem de suporte para as árvores.
Exemplo: milho.
Raízes Estrangulantes

Estas raízes possuem uma grande quantidade de ramificações, que têm o tronco das árvores como suporte para se enrolarem. Esse tipo de raiz não permite o desenvolvimento do vegetal, pois seu crescimento em espessura determina o estrangulamento da planta. Exemplo: mata-pau, cipó.
Raízes Tabulares
São as raízes que se desenvolvem na horizontal sobre a superfície do solo, e exercem a função de respiração e fixação. Sua principal característica é a forma aplanada.
Raízes respiratórias ou pneumatóforos
São as raízes encontradas em ambientes aquáticos e estéreis; apresentam geotropismo negativo, e possuem pneumatódios, que são poros apropriados para captar oxigênio.
Raízes Grampiformes

É o tipo de raiz que tem uma ligação forte com o substrato. Permite a fixação do vegetal em locais com declives. Exemplo: Hera, Hera-miúda e em algumas epífitas.
Raízes Sugadoras ou Haustórios

Estas raízes são características de plantas parasitas. Pode ser classificada em hemiparasitas ou holoparasitas:

- Hemiparasita: quando a raiz penetra no caule de outra planta, atingindo o tecido lenhoso, e absorvendo a seiva inorgânica.

- Holoparasita: quando a raiz penetra no caule de outra planta, atingindo o tecido liberiano, e absorvendo a seiva orgânica.

Caule
Caule = Origem do caulículo do embrião.

Os caules atuam como uma estrutura
de conexão entre as raízes e as folhas. O sistema de vasos que eles possuem promove o transporte ascendente da seiva bruta até as folhas e a coleta e a distribuição da seiva orgânica ao longo do corpo da planta. Não possuem, como as raízes, coifa e pêlos absorventes; mas, além da gema apical, responsável pelo crescimento em extensão, possuem gemas laterais, que atuam na formação de ramos, folhas e flores. As gemas laterais ausentes nas raízes, constituem uma exclusividade dos caules.
No mundo vegetal pode ser verificada uma
notável diversidade de caules aéreos e
subterrâneos.

Entre os caules aéreos, os mais conhecidos são:

tronco - caule ramificado, resistente e lenhoso, típico das plantas arbóreas; ocorre nos eucaliptos, abacateiros, etc.;
estipe - caule cilíndrico, sem ramos e dotado de folhas situadas no ápice, como nas palmeiras;
colmo- caule com nós nítidos e entre nós, formando os populares gomos, como no bambu e na cana-de-açúcar;
haste - caule delicado e flexível, comum em plantas herbáceas.

Entre os
caules subterrâneos, destacam-se:
tubérculo - caules que armazenam substâncias nutritivas, como a batata inglesa; os populares "olhos" da batata são gemas laterais, fato que determina sua natureza caulinar;
rizoma* - caule alongado subterrâneo que normalmente se desenvolve de maneira paralela à superfície terrestre; ocorre, por exemplo, nas samambaias e nas bananeiras;
bulbo - ocorre em plantas como a cebola e o alho. No bulbo da cebola, o caule propriamente dito corresponde a uma região chamada de prato, de onde partem as raízes e um conjunto de folhas modificadas denominadas catáfilos; alguns desses catáfilos, os mais extensos, são desidratados; os mais internos acumulam substâncias nutritivas e constituem a porção comestível da cebola.
Rizoma

Anatomia do Caule


Folha
  As folhas são órgãos das plantas especializados em captação de luz e trocas gasosas com a atmosfera para realizar a fotossíntese e respiração. Salvo raras exceções, associadas a plantas de climas áridos. Espécies diferentes de plantas têm folhas diferentes, e existem vários tipos especializados de folhas, com fins diferentes dos das folhas comuns, como por exemplo as pétalas das flores.
     Elas tem suas origens das plúmulas do embrião.
Podem possuir até 3 estruturas:
Bainha
Pecíolo
Limbo
Aspecto geral de
uma folha completa
Corte transversal de
uma folha
Diferença entre a folha Monocotiledônea e a Dicotiledônea
Funções da Folha
Fotossíntese
Gutação
     Perda de Água na forma líquida
Evapotranspiração
    Perda de água na forma de vapor.
Imagem acima mostra o ciclo da água na superfície da terra, e os componentes individuais da transpiração e evaporação que forma a
evapotranspiração. Outros processos mostrados são a perda e a recarga do solo.
Folhas modificadas
Gavinhas
     Tipo de prolongação do caule que dá suporte as plantas trepadeiras, para se agarrar a outras plantas ou em outros lugares, também sai da axila foliar.
Brácteas
Existem folhas na base das flores que recebem o nome de brácteas. Elas são geralmente pouco vistosas, mas podem ser coloridas, atuando como estruturas de atração de insetos e pássaros. É o que acontece na flor do bico-de-papagaio e na de primavera.
Espinhos
São pontiagudações do caule para proteger a planta. Normalmente é uma folha modificada para evitar a transpiração exessiva em locais áridos.
Cotilédones
São as primeiras folhas que surgem dos embriões das espermatófitas, interrompendo durante a germinação das sementes.São estruturalmente diferentes das outras folhas, uma vez que cumprem uma função especial para a sobrevivência deste ser vivo, contribuindo com suas reservas de nutrientes para alimentar a planta em desenvolvimento, enquanto esta não pode ainda produzir a quantidade suficiente de nutrientes através da fotossíntese.
Catáfilos
Os catáfilos são folhas reduzidas que geralmente protegem as gemas dormentes, com grandes reservas de nutrientes. Em alguns casos especiais, atuam como órgão de reserva, como na cebola e no alho.
Flor
A flor é a estrutura reprodutora característica das plantas denominadas espermatófitas ou fanerogâmicas. A função de uma flor é a de produzir sementes através da reprodução sexuada. Para as plantas, as sementes representam a próxima geração e servem como o principal meio através do qual as espécies se perpetuam e se propagam
Diagrama esquemático das partes de uma flor

1-Receptáculo floral - parte superior dilatada do pedúnculo. No receptáculo prendem-se todos os verticilos florais;
2-Sépalas - são peças constituintes da flor, situando-se no verticilo mais externo desta. São estruturas foliáceas, normalmente menores e mais consistentes do que as pétalas, e na maior parte dos casos têm a função primordial de proteger o botão floral, fechando-se sobre este antes de sua abertura. O conjunto de sépalas de uma flor é conhecido como cálice;
3-Pétalas - São peças constituintes da flor, situadas no seu verticilo protetor mais interno. São estruturas normalmente membranáceas, amplas, coloridas, e têm muitas funções, entre as quais a atração de polinizadores. O conjunto de pétalas de uma flor é chamado corola;
4-Estames - O estame é o órgão masculino das plantas que produzem flores: Angiospermas (fanerógamas);
5-Pistilo - corresponde ao conjunto de órgãos femininos das flores das Angiospermas: o estigma, o estilete, e o ovário. O termo "pistilo" é a forma mais popular do termo "gineceu", mais aceito entre os botânicos.
Órgão Reprodutor
Fruto
O fruto origina-se do ovário desenvolvido, enquanto a semente resulta do óvulo fecundado. Se o ovário apresentar somente um óvulo, os frutos (como o pêssego e o abacate) terão apenas uma semente. Nas plantas que têm ovário com vários óvulos, os frutos (como o tomate e as vagens das leguminosas) contêm várias sementes.
Os frutos possuem duas funções primordiais:
proteger as sementes que ficam em seu interior;
facilitar sua dispersão.
     Mecanismos de dispersão de frutos e sementes diminuem a competição entre os descendentes, que surgem mais afastados uns dos outros, e favorecem a ocupação de novos ambientes.
Constituição do fruto

Partenocárpicos
Como a banana e a laranja-de-umbigo, não têm sementes, pois são gerados sem a ocorrência de fecundação.
Geocárpicos
Os frutos formam-se no subsolo. Ex: Amendoim
Deiscentes Secos
Abrem-se quando as sementes estão maduras.Ex: Legume ou vagem (fruto seco deiscente, que se abre longitudinalmente pela sustura e pela nervura principal da folha carpelar)
Infrutescências
      Infrutescências são um conjunto de frutos pequenos originados de muitas flores separadamente, enquanto frutos compostos, como o marolinho, a framboesa, são originados de uma única flor, cujo ovário é formado por diversos carpelos livres ou ligeiramente aderidos entre si.
Pseudofrutos
Em ceras espécies de plantas outras partes da flor além do ovário acumulam substâncias nutritivas depois da fecundação, tornando-se carnosas e comestíveis. Uma vez que as partes desenvolvidas não provem do desenvolvimento do ovário, não se fala em fruto verdadeiro e sim em pseudofruto.